Na
noite da última segunda-feira, 28, uma Audiência Pública realizada
no plenário da Câmara de Itaúna, trouxe à tona discussões sobre
a concessão de subsídio para a empresa de transporte coletivo
Viasul. A sessão contou com a participação de representantes da
Viasul, incluindo o advogado Dr. Jardel Araújo e o controlador da
Empresa, Ramom Pinheiro. Além disso, marcaram presença a gerente de
trânsito, Cíntia Valadares, o secretário de regulação urbana,
Tiago Araújo, o professor e engenheiro do Cefet, Renato Ribeiro, e
diversos vereadores, entre eles Alexandre Campos, Lacimar (O Três),
Léo Alves da rádio, Aristides Ribeiro (Tidinho), Antônio da Lua, Giordane Alberto, Gleison Fernandes, Márcia Cristina e Edênia Alcântara.
Os
representantes da Viasul utilizaram a oportunidade para defender a
necessidade de um subsídio, apontando os impactos econômicos
sofridos pela empresa, principalmente durante a pandemia. Esta
alegação foi reforçada pela gerente municipal de trânsito e pelo
professor Renato, do Cefet, que expuseram gráficos sobre as perdas
da Viasul. Entretanto, tanto os vereadores presentes quanto a opinião
pública expressaram insatisfação com os serviços prestados pela
empresa.
Os vereadores Alexandre e Márcia foram
enfáticos ao sugerir que, se para a Viasul está sendo tão
complicado financeiramente operar na cidade, seria mais apropriado
abrir mão de Itaúna e dar espaço para outros concorrentes por meio
de um novo processo de licitação.
Os
cidadãos presentes na audiência também tiveram a oportunidade de
se manifestar, destacando a importância de evitar um impacto maior
nas finanças dos cidadãos de Itaúna com possíveis aumentos
tarifários. Preocupados com a possibilidade de aumento das tarifas.
O
procurador e representante da Viasul, Dr. Jardel, respondeu às
críticas dos vereadores e do público, enfatizando a existência de
um contrato firmado em 2016, com vigência de 20 anos, que estabelece
obrigações para ambas as partes, tornando a situação mais
complexa do que parece. Não sendo tão simples assim como sugerem,
abrir mão do serviço na cidade. O procurador ainda criticou vereadores que não estiveram presentes na audiência.
O
professor Renato Ribeiro, do Cefet, também trouxe sua perspectiva,
apontando que a má qualidade dos serviços de transporte público e
as críticas a eles não são uma questão restrita a essa região,
mas sim uma realidade em várias partes do mundo.
Populares
também defenderam a criação de uma tarifa zero na cidade, voltada
para atender à população mais carente. Essa sugestão foi apoiada
pela vereadora Edenia Alcântara, que também levantou questões
sobre as condições de trabalho exaustivas dos funcionários da
Viasul.
Apesar
das expectativas iniciais de que o projeto 104/2023 de subsídio de R$ 10.000.000, para este ano de 2023, proposto
pelo prefeito, estivesse disponível para votação dos vereadores na
reunião ordinária desta terça-feira, 29, foi comunicado que a
pauta não entrará em discussão na ordem do dia, porém irá para votação a LDO, (lei de diretrizes orçamentarias) para o exercício de 2024, no qual, em seu artigo 8º inciso II, prevê a concessão de outro subsídio financeiro à empresa de transportes ViaSul.
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